quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Formação 2013 - 2º dia

Transdisplinaridade é o tema da palestra da manhã de hoje na formação 2013 - CMAAEL.
A globalização coloca um desafio aos educadores, mostrando a inadequação de um sistema que fragmenta o conhecimento em elementos desconjuntados, aglomerados em torno de disciplinas, dentro de uma estrutura que isola através de fronteiras epistemológicas. A globalização ao se apoiar em realidades multidimensionais, transculturais e transdisciplinares exige não só o olhar vertical, mas também o olhar transversal.
A transdisciplinaridade é uma abordagem científica que visa a unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade. Além disso, do ponto de vista humano a transdisciplinaridade é uma atitude empática de abertura ao outro e seu conhecimento.
Com base nessa assertiva e acreditando que estamos no caminho próximo do verdadeiro espírito de inclusão, recorremos à reflexão de Morin que ressalta: “(...) que no decorrer dos anos escolares, nossa educação nos ensinou a separar, compartimentar, isolar e, não unir conhecimentos” (MORIN, 2004, p.42). Isso significa, portanto que, muitas vezes é tarefa difícil compreender a ação integrada de campos, áreas ou modalidades específicas numa só concepção de ensino, no caso, inclusiva.
Na verdade, buscamos com isso, fugir da fragmentação de conceitos e estruturas que compõe a primazia de atividades educacionais e escolares que devem se realizar, por exemplo, “preferencialmente no ensino comum” – como prevê o artigo 58 da LDB 9.394/96, e que ilustra, muito bem, as palavras de Edgar Morin.
O tema que pautou a palestra realizada no turno da tarde pela prof Jocelia Espinosa Azambuja, buscou compreender e debater a representação da deficiência na mídia. Segundo a professora,acessibilidade aos meios de comunicação é outro ponto fundamental para a inclusão. Como ter pessoas cegas e surdas cidadãs se elas não tem acesso à informação?! Os recursos que permitem o acesso à informação são lei no Brasil. Além de permitirem a plena participação, eles aumentam o sentimento de representação.
Anos atrás, as pessoas com deficiência se evidenciavam por seus próprios méritos por conseguirem chegar à escola, conquistar um emprego e assim, se transformarem em grandes personagens de superação de seus limites. Atualmente, essa visão se modificou e é necessário que os meios de comunicação também reflitam essa mudança. Aquela aura de coitado das imagens de TV ou dos textos de jornais precisa ser extirpada.
Construindo intervenções da cultura sobre o corpo pode-se incidir sobre os padrões estéticos, sobre a concepção de beleza, mas, sobretudo, sobre a forma com que os sujeitos deficientes são vistos e percebidos na sociedade. Tal mudança reflete-se sobre a imagem que possuem de si, em decorrência dessa relação social, mas também sobre os modos atuais de viver e conceber o corpo. A representação da deficiência atrelada à corporiedade é um significado que urge ser analisado e dimensionado em sua condição histórico-cultural. Advindo dai a necessidade da escola em organizar espaços de conhecimento e ludicidade que valorizem o deficiente em seu modo de viver e estar em sociedade.

Elisabete Von Borowski
Simone Majerkovski Custódio

Confira abaixo as fotos do 2º dia de formação.











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